sexta-feira, 30 de março de 2012


Copa no Mundo 2014




A valorização econômica do pais para a copa de 2014

A promoção de grandes eventos esportivos tem sido uma estratégia de diversos países para a atração de investimentos e de atenção internacional. Os benefícios econômicos destes eventos retratam um argumento utilizado para justificar o esforço e o gasto público para sediar tais eventos.
Em 2009 o Brasil, especificamente a cidade do Rio de Janeiro, foi escolhido como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Um amplo estudo do impacto econômico desse evento foi divulgado pelo Comitê Organizador da candidatura brasileira, e os números divulgados ressaltaram os impactos econômicos da realização dos jogos na cidade e no país.
Com base nesse estudo, encomendado pelo Ministério do Esporte, estima-se que o impacto econômico dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos sobre o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil será de R$ 22 bilhões até 2016, enquanto que, no período de 2017 a 2027, atingirá R$ 27 bilhões. Esse estudo indica que os investimentos injetados1 corresponderão um multiplicador de produção de 4,26, o que representa uma movimentação2 na economia brasileira na ordem de R$ 102,2 bilhões (deflacionados para 2008) no período de 2009 a 2027. Dos 55 setores econômicos, construção civil (10,5%), serviços imobiliários e aluguel (6,3%), serviços prestados a empresas (5,7%), petróleo e gás (5,1%), serviços de informação (5%) e transporte, armazenagem e correio (4,8%) serão os mais beneficiados pelo evento esportivo (Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República, 2009). 
A Copa do Mundo de 2014 (Copa-2014) representa outro grande evento esportivo programado para o Brasil3. Na sua preparação, uma série de obras de infraestrutura, reformas e construção de estádios estão sendo programadas. Em meados de 2009 as 12 cidades-sede da Copa, que abrigarão jogos da competição, foram escolhidas: Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE) e Salvador (BA). Além das 12 cidades escolhidas, participaram da disputa Rio Branco (AC), Belém (PA), Maceió (AL), Goiânia (GO), Florianópolis (SC) e Campo Grande (MS). Segundo declarações do secretáriogeral da FIFA (Fédération Internationale de Football Association), Jerome Valcke, a escolha seguiu critérios técnicos, a partir das visitas feitas por especialistas da entidade e os projetos
entregues pelas cidades. Segundo ele, segurança pública e opções de lazer também foram
consideradas (Perguntas, 2009). Assim, parece ter havido um interesse regional para sediar o evento, o que indica uma percepção de ganhos econômicos para as cidades-sede. Segundo
Porter (1999), um importante argumento que os Governos candidatos fazem para hospedar um mega-evento refere-se aos benefícios econômicos que podem ser gerados.
É provável que o Brasil terá grande visibilidade com a promoção dos mega-eventos esportivos agendados, contudo os benefícios econômicos que tais eventos trarão para o país são difíceis de estimar, pois envolvem obras de infraestrutura urbana, reformas/construção de estádios, fluxos turísticos, investimentos privados (rede hoteleira, por exemplo) e divulgação internacional do país. Os organizadores geralmente alegam que eventos, como a Copa do Mundo, geram estímulos para os negócios domésticos (e.g. restaurantes, hotéis e outros)
1 Segundo o dossiê da candidatura do Rio, o investimento previsto para o evento é de R$ 28,8 bilhões, sendo R$ 5,6 bilhões na estrutura do Comitê Organizador e R$ 23,2 bilhões em recursos públicos e privados para a infraestrutura necessária aos Jogos (Dossiê, 2009).
2 Isso significa que para cada dólar investido nos Jogos a iniciativa privada injetaria outros US$ 3,26 nas cadeias produtivas associadas ao evento (Secretaria da Comunicação Social da Presidência da República, 2009).
3 O Brasil, em 30 de outubro de 2007, foi escolhido pela FIFA como país sede da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014 (Ministério do Esporte, 2010).


COPA 2014: COMEÇAM AS MELHORIAS NO TRANSPORTE PÚBLICO :


Além da construção e reforma de arenas esportivas, o Brasil tem um grande desafio a enfrentar para sediar a Copa de 2014: oferecer transporte público de qualidade para os visitantes. Em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro (ambas escolhidas para serem cidades-sede), o desafio é ainda maior e demanda um conjunto de soluções de transporte urbano. Mas, os trabalhos já começaram.
O Rio de Janeiro, uma das cidades-sede, deve receber cerca de R$ 55 bilhões em investimentos por conta da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas em 2016, segundo estudo da consultoria PriceWaterhouseCoopers divulgado essa semana. De acordo com o levantamento, os eventos esportivos devem criar cerca de 95 mil empregos diretos.
Entre os novos empreendimentos previstos estão a construção de uma ligação entre o estádio e a Avenida Jacu-Pêssego, que dá acesso ao trecho Sul do Rodoanel Mário Covas e às rodovias Ayrton Senna, Dutra e Fernão Dias. Também está proposto o alargamento da Avenida Radial Leste, ligação entre o estádio e a região central de São Paulo.
A presidente Dilma Rousseff afirmou recentemente que, das 12 cidades que serão sede da Copa do Mundo de 2014, 11 já fizeram as licitações para a construção ou reforma de seus estádios e dez já iniciaram as obras dos cenários esportivos. Dilma explicou que a presidência está trabalhando em conjunto com os governos estaduais e as prefeituras das cidades responsáveis pelas obras, e que acordaram reuniões periódicas para avaliar os avanços dos projetos de transporte público, essenciais para o bom funcionamento do evento.
O estudo também aponta que em 2014 a cidade deve receber 3,2 milhões de turistas estrangeiros. Para 2016, são esperados 4 milhões de visitantes de outros países – no ano passado, a cidade recebeu 2,5 milhões de turistas. O total de gastos que eles vão realizar no Rio em 2016, incluídos também os 6,3 milhões de turistas nacionais esperados no ano das Olimpíadas, deve chegar a R$ 14,4 bilhões.
Já em São Paulo a prefeitura e governo apontam investimentos no entorno do futuro estádio do Corinthians e na malha de trens e do Metrô como as principais obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014. Representantes governamentais se dizem otimistas com o cumprimento dos prazos e com o legado das obras, necessárias mesmo sem a realização do evento esportivo.

Empregos gerados com a Copa do Mundo no Brasil.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje (6) que a Copa do Mundo de 2014 deve gerar cerca de 700 mil empregos em todo país.
 Segundo ele, aproximadamente 380 mil postos de trabalho serão abertos durante a preparação do país para o torneio. O restante das vagas será preenchido durante a realização do Mundial.
As previsões, segundo o ministro, constam de um estudo sobre impactos econômicos da Copa do Mundo encomendado pelo governo federal.
 A estimativa de geração de empregos foi divulgada por Silva durante um seminário sobre a Copa do qual ele participa em São Paulo.
“A Copa do Mundo é geração de emprego, de renda e de desenvolvimento”, afirmou ele. “Todas as obras que estão previstas vão precisar  de trabalhadores.”
Segundo Silva, os trabalhadores da construção civil serão beneficiados, principalmente, pelos investimentos em aeroportos, portos e nos sistemas de transporte público nas 12 cidades-sede da Copa. Só nos aeroportos, informou ele, o investimento previsto é R$ 6 bilhões.
O ministro disse também que o setor de turismo deve crescer muito com a realização da competição. Hotéis e restaurantes, por exemplo, devem aumentar seu quadro de funcionários para atender os turistas brasileiros e estrangeiros que assistirão aos jogos da Copa.



 Como será o Brasil, pós Copa do Mundo de Futebol?

Há três anos para o início da Copa do Mundo FIFA de futebol, ainda muito se fala nas estruturas dos estádios, aeroportos, hotéis etc. E com um compromisso dessa importância, é preciso muito mais do que simples promessas. Com o caos por todos os lados, já que fora os países da Europa, parece que apenas o Brasil tem problemas, no setor aéreo, e nos estádios para a realização dos jogos. Não foi isso o que vimos na última edição do torneio na África do Sul. Estádios entregues em cima da hora, as vésperas do inicio da competição, e não estou comparando, estruturas financeiras ou algo mais com todos os países que se candidataram para a realização do evento. Apenas não compreendo os critérios ao qual a entidade FIFA, tem para a definição das “sedes” e para quais estádios, poderão ou não receber os jogos da competição. Com todas as obras entregues aqui no Brasil, o que teremos pós copa do Mundo?  Será que os torcedores, terão seus direitos respeitados? Com ingresso com preços justos e conivente com o salário que recebem? Campeonatos organizados, e com horários para transmissões de jogos, que não atendam apenas as emissoras de televisão? Penso que com toda a exigência feita pela FIFA, e o alto investimento nas construções de todas as estruturas que cercam a realização de um evento dessa dimensão. Tomara, que não sobre para nós torcedores, “bancar” todo o “sacrifício” dos dirigentes e interessados pela realização do evento em nosso país.  Cobramos por aquilo que consumimos e não é de hoje, que nós torcedores de futebol, somos mal tratados no que se refere a poder acompanhar os times pelo qual torcemos, seja indo aos estádios, em nossas casas, ou tentando adquirir produtos oficiais dos clubes sem sermos lesados. Ou você acha justo o preço que é cobrado nos ingressos e nos produtos oficiais do seu clube? Sei que o problema é muito além do mundo do futebol, acho que antes de se preocupar em realizar um evento como esse, tanto os dirigentes de futebol, como os governantes, deveriam se preocupar com saúde, transportes de qualidade e educação para todos. Seja qual for o país sede, não pode esperar que a vida da população, melhore apenas, por realizar eventos como esse.





  • Karolayne Rodrigues
  • Lael Nascimento Silva 
  • Leonardo Albuquerque 
  • Otavio Cotta  
  • Waldir Pereira  1' A  

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