sexta-feira, 30 de março de 2012

Cracolândia 1°J


Cracolândia

Cracolândia (por derivação de crack) é uma denominação popular para uma região no centro da cidades de São Paulo, nas imediações avenidas Duque de Caxias, Ipiranga, Rio Branco, Cásper Líbero e a rua Mauá, onde historicamente se desenvolveu intenso tráfico de drogas meretricio.

História
Durante o final da decada de 1960, com o surgimento do chamado cinema marginal, houve um crescente desenvolvimento da atividade cinematografica nesta região da cidade. Diversas produtoras e alguns cinemas lá surgiram nesta época.
A Boca do lixo pode ser considerada o berço do cinema marginal, de diretores como Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias e Júlio Bressane, entre outros. Os filmes marginais, ligados à Boca, eram sempre permeados de muita seualidade, escracho e esbórnia. Durante a decada de 1980 o intensificou o teor sexual e entrou no período que ficou conhecido como a fase da pornanchanchada A Boca foi responsável por mais de 700 títulos nesta época

Como a Cracolândia foi formada

A cracolândia fica no centro de São paulo a mais de vinte anos , é um lugar tipicamente paulistano, não existe nenhum outro lugar semelhante, nenhuma capital do Brasil e nenhum lugar do mundo . Ultimo levantamento da Policia antes dessa operação detectou 400 pessoas, mas calcula-se que a população flutuante que vai e volta chega mais de dois mil.

O que levou a criação da Cracolândia

Isso é uma coisa pouco falada e é uma história que ajuda a compreender um pouco a cidade. A região do centro de São Paulo que fica perto da antiga rodoviária sempre foi historicamente a boca do lixo da cidade, era os lugares onde tinha as prostitutas os prostíbulos o jogo e mesmo trafico de drogas, e sempre foi um lugar de certa forma acobertado pela policia civil historicamente, era um lugar onde os maus policiais civis sempre tiveram um tipo de relação de tolerância ao negócio ilegal, ao mesmo tempo que tinha essa facilidade essa tolerância por parte das próprias autoridades nos anos noventa foi o auge da violência aqui na capital em São Paulo e na periferia principalmente você tinha o problema muito grande de extermínio e era comum chacinas naqueles anos que matavam os chamados “noias” que sempre foram figuras muito estigmatizadas nos bairros onde eles viviam porque eles eram considerados pessoas que roubavam varal, pessoas que roubavam trabalhador, ou que entregavam os próprios bandidos as vezes que viviam naqueles locais , e por isso era comum a chacina dos “noias” . Em noventa e dois e noventa e três juntando esse fato de que la era um lugar fácil de se vender drogas com extermínio nas periferias , a cracolândia acabou se consolidando como um exílio dos jovens dos garotos que eram ameaçados muitas vezes nas bocas pelos traficantes e pelos matadores das periferias que encontraram la no centro um lugar onde poderiam consumir tranquilamente e poderiam comprar drogas tranquilamente. A cracolândia ela tem uma especifidade em relação aos outros lugares de São Paulo que la é o único território livre de vendas de drogas , se você quer montar um biqueira na periferia é preciso ter contato é preciso saber chegar , é preciso ter um fornecedor é preciso ser bem relacionado porque você tem um certo equilíbrio nesses mercados de periferia. Na região central nesse lugar conhecido como cracolândia é o único lugar onde pode se vender droga livremente sem pedir autorização pra ninguém qualquer um que chegar com um tablete de crack pode vender , essas especifidades tornaram o lugar um local com sua própria sociabilidade suas próprias regras de convívio que persistem a vinte anos .

Depoimentos de viciados

    Depoimento de um adulto
    - uso drogas a quinze anos, então quer dizer que eu morri a quinze anos.
    Depoimento de uma criança
    - eu não gostaria de estar aqui, e quero falar para todas as crianças que procure nunca se envolver com drogas, porque a história é triste infelizmente é triste.
    Depoimento de um jovem
    - Se alguém lhe oferecer algum tóxico, demonstre ser mais homem do que eu fui. Não se deixe tentar, por nenhuma razão, e saiba responder com um “não”. Talvez você encontre “amigos” que lhe ofereçam gratuitamente um pouco da coisa (droga) para depois, sucessivamente, fazer você pagar por ela. No princípio o preço é reduzido, mas quando perceberem que você se tornou viciado (dependente), aumentarão os preços. Não esqueça que a mesma pessoa que lhe vendeu a maconha, terá, em reserva para você, também a heroína. E tudo isso, por quê? Não certamente pela sua felicidade, mas para obter dinheiro.
    Depoimento de um Homem
    perdi minha mulher perdi casa, moto perdi tudo por causa das drogas.
Depoimento de uma mulher
- Nós sempre temos esperança de que alguma coisa aconteça e nós possamos sair dessa
A droga pode oferecer momentos de felicidade, mas a cada um destes momentos corresponde um século de desespero que jamais poderá ser apagado. A droga destroi todos os seu sonhos de amor, as suas ambições e a sua vida no seio da família


O fim ?
Desde 2005, a prefeitura fechou bares e hotéis ligados ao tráfico de drogas e à prostituição, retirou moradores de rua e aumentou o policiamento para inibir o consumo de drogas no local. Centenas de imóveis foram declarados de utilidade pública, em uma área de 105 mil metros quadrados, e estão sendo desapropriados. O objetivo do programa é tornar a área atrativa a investimentos privados, abrindo espaços para empresas do setor imobiliário.
Em 2007, a Prefeitura de São Paulo lançou um programa denominado Nova Luz para promover a reconfiguração e requalificação da área. Entre as medidas propostas, destaca-se a renuncia fiscal referente ao IPTU, visando estimular a reformas de fachadas dos imóveis de valor venal inferior a R$ 300 mil.
Críticos do programa, no entanto, assinalam o seu caráterhigienista, destacando que a recuperação de edifícios, praças, parques e avenidas não é acompanhada de ações voltadas aos grupos mais vulneráveis que vivem ou trabalham na área - que estão sendo sumariamente expulsos. O sem-teto tirados, o trabalho dos catadores de material reciclavel é dificultado e os usuários e dependentes de crack (muitos dos quais crianças e adolescentes), impedidos de se reunir no local, são obrigados a perambular pelos bairros vizinhos, em bandos, sem rumo.
03 de janeiro de 2012, região da Luz, centro de São Paulo. A Polícia da Militar inicia uma ação de “limpeza” na região denominada pela prefeitura como Cracolândia. Em 14 dias de ação, mais de 103 usuários de drogas e frequentadores da região foram presos pela polícia com uso da cavalaria, spray de pimenta e muita truculência. Em seguida, mais de trinta prédios foram lacrados e alguns demolidos. Esta região é objeto de um projeto de “revitalização” por parte da prefeitura de São Paulo, que pretende concedê-la “limpinha” para a iniciativa privada construir torres de escritório e moradia e um teatro de ópera e dança no local. Moradores dos imóveis lacrados foram intimados a deixar a área mesmo sem ter para onde ir. Comerciantes que atuam no maior polo de eletroeletrônicos da América Latina, a Santa Efigênia , assim como os moradores que há décadas vivem ali, vêm tentando, desde 2010, bloquear a implantação deste projeto, já que este desconsidera absolutamente suas demandas.




Justiça suspende projeto Nova Luz



A Justiça concedeu, nesta quinta-feira (26), uma liminar que suspende os efeitos da lei 14917, que trata da concessão urbanística na área do projeto Nova Luz, no centro da capital paulista. A decisão é do juiz Adriano Marcos Laroca, da 8ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
A ação popular alega que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), não teria promovido nenhuma audiência pública para apresentar o projeto à população.
O projeto Nova Luz prevê a reforma de 45 quarteirões e duas praças do centro da cidade entre as avenidas Ipiranga, São João, Duque de Caxias, rua Mauá e avenida Cásper Líbero – o que corresponde a cerca de 500 mil metros quadrados.
Na decisão, o juiz criticou a falta de participação popular, sobretudo junto à população que será diretamente atingida, como moradores e comerciantes da região.
A decisão política de aplicar no projeto Nova Luz o instrumento da concessão urbanística, de fato, não contou com a participação popular", afirmou.
O projeto da Nova Luz deverá ser o primeiro a utilizar o instrumento da concessão urbanística, em que uma empresa concessionária, escolhida por meio de licitação, fica responsável pela execução do projeto proposto pelo Executivo .Entre os poderes ganhos pelo concessionário está a desapropriação de imóveis, que poderão ser revendidos depois.
Sobre a concessão urbanística, o juiz também ressaltou que o motivo escolhido para sua utilização era a possibilidade de realizar reformas sem grandes investimentos da Prefeitura. Entretanto, estudos elaborados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sinalizaram que o projeto só se concretizaria com investimentos públicos em torno de R$ 600 milhões, fora os já realizados com instrumentos de incentivos fiscais.
No início deste ano, a Prefeitura de São Paulo, o governo estadual e a Polícia Militar deram início à Operação Centro Legal, na área conhecida como cracolândia localizada nos bairros onde está previsto o projeto. Apesar de alegar que a operação serviria para atender os dependentes químicos, imagens registraram a atuação a atuação violenta da PM. Entidades de defesa de direitos humanos têm acusado a política do poder público de atender aos interesses imobiliários, utilizando-se de métodos higienistas.

     









Ocupação em três fases

Sem data para acabar, a ocupação da PM deve abrir caminho para duas novas fases. A próxima, prevista para ser intensificada a partir de fevereiro, terá como foco o restabelecimento do trabalho das agentes de saúde e assistência social, no convencimento dos usuários a aceitar tratamento. A fase seguinte, sem data prevista, é a manutenção da região “pacificada” e livre do uso de drogas. Em coletiva de imprensa ontem, Alda Marco Antônio, vice-prefeita e secretária de assistência e desenvolvimento social, anunciou para o fim de janeiro a inauguração de um novo espaço para atendimento dos usuários da Cracolândia. Localizado na rua Prates, a dois quilômetros dali, oferecerá vans de transporte, um espaço de convivência para até 1,2 mil pessoas, albergue para 150 adultos e abrigo para até 30 menores de idade. A ação será integrada à secretaria de saúde, que operará ali um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Enquanto a área não fica pronta, os usuários, assustados com a ação, se dispersaram por regiões vizinhas. Na entrevista coletiva, Luiz Chaves e o Coronel Álvaro Camilo, comandante-geral da Polícia Militar, assumiram que é possível que os cerca de 400 usuários tenham medo de pedir ajuda às instituições de saúde e assistência social, como reflexo da ação. “Mas eles já estão na rua”, disse, rindo, Luiz Chaves.
A polícia já identificou quatro pontos de aglomeração, mas promete desmantelá-los. O acesso à droga, porém, parece não ter cessado, conforme relata a Folha de S.Paulo em matéria de hoje: às 23h de ontem, a reportagem viu uma pessoa descer de um táxi e ser rodeado por usuários, numa possível distribuição de pedras.
E você, o que achou da atuação da Polícia?


Opniões

Sou contra este tipo de ação agressiva da polícia. Apoio uma ação que respeite os direitos humanos e esteja alinhada com as boas práticas desenvolvidas na área da saúde para o tratamento de dependentes químicos.
Regina de lima pires

Sou a favor dessa ação. Primeiro a polícia, prendendo traficantes e bandidos que estão ali, na sequência atendimento social e de saúde, para os viciados; o que não dava era pra continuar do jeito que tava.
Pedro Martins

Não acho que a cracolândia deva continuar como uma área livre das leis que impedem o tráfico e consumo de drogas. Mas acredito que a ação da polícia, caso continue dessa forma, não resolverá a questão. Uma pessoa que usa drogas não busca ajuda só por causa da abstinência. Ela precisa entender o tratamento, se submeter a ele com convicção e contar com apoio e segurança. Ou assim que passarem os efeitos físicos da abstinência, ela buscará novamente o crack pelos seus efeitos psicológicos.
Na minha opinião, uma solução seria ampliar o trabalho das agentes de saúde dentro e fora da Cracolândia, para impedir que mais gente passe a usar a droga e para mostrar que é possível sair dela. Acho também que os CAPS – AD deveriam funciona dia e noite, já que os usuários não têm necessidade de amparo e tratamento apenas em horário comercial.
Por fim, achei muito absurda a história que ouvi sobre uma futura iniciativa de cadastrar os usuários. Isso é verdade? Parece Foucault puro!
Margarida Telles






Trabalho do 1°J
Karolayne Tie
Rafael S. Santos 
Melyssa de Sá
Kethlee Audrey
Yanka Cordeiro

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