sexta-feira, 23 de março de 2012


Passada a tensão em torno da Grécia e da crise na zona do euro - pelo menos, por enquanto -, o foco mundial das atenções começa a mudar para o Oriente Médio. Nesta terça-feira será divulgado em Bruxelas o relatório anual da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que deve apontar que o país dos aiatolás teria já capacidade técnica para desenvolver uma arma nuclear. Apesar das sanções, dos alertas e ameaças do Ocidente nos últimos anos, já era esperado que logo o Irã tivesse essa capacidade. Informações de mapas que vazaram nesta segunda pelo jornal The Washington Post, provenientes de fontes de inteligência, haveria inclusive a localização de uma planta nuclear em território iraniano.
Cientistas do país teriam recebido o apoio fundamental de um ex-pesquisador soviético, uma espécie de senhor das armas da ciência, para desenvolver um detonador, fundamental na cadeia atômica. Também teria tido a ajuda do Paquistão e da Coreia do Norte - estados que, sabemos, são suspeitos de ligações com o terrorismo. Interessante observar o Paquistão. Uma ditadura aliada dos EUA, mas que sempre tem que ser visto pelos americanso com um pé atrás. Abrigou as escolas corânicas que serviram de ninho para os jovens fundamentalistas do Talibã. Após o 11 de setembro de 2001, abriu seu espaço aéreo para os caças americanos atacarem Cabul. Dez anos depois, Osama bin Landen é preso em seu território, onde parecia viver tranquilamente a poucos metros de uma das principais academias militares paquistanesas. E agora teria ajudado o Irã a conseguir desenvolver seu programa nuclear.
A tensão cresce no momento em que Israel já admitiu que estaria pronto para atacar instalações iranianas, com o apoio da Grã-Bretanha, segundo informações do jornal The Guardian. O Irã promete responder.

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