quinta-feira, 5 de abril de 2012

PINHEIRINHO 1ºH

INTRODUÇÃO

Pinheirinho, uma area em São José dos Campos, estado de São Paulo, um terreno de aproximadamente 1,3 milhão m², com cerca de 1600 familias que começaram a ser desalojadas por policiais militares no dia 22 de janeiro, por causa de uma ordem judicial de reintegração de posse, para o grupo Selecta, do investidor Naji Nahas. 

TUDO COMEÇOU  

Em 1981, o terreno teria sido vendido a,Naji Nahas o notório por sua prisão em 2008 após acusações de lavagem de dinheiro. Existiu um projeto municipal de loteamento da região desde a década de 70, mas a prefeitura abandonou esse intento em 1983. A massa falida de Naji Nahas faliu em 1990, e o terreno, então de caráter industrial, ficou abandonado por mais de dez anos.

UM ACORDO DE MENTIRA

Numa madrugada de carnaval as famílias fizeram um acordo com a prefeitura. Eles não iriam invadir nenhum terreno publico, a prefeitura então disse que eles poderiam ocupar onde quisessem e que não iriam fazer nada contra. Já em 2004, a 18ª Vara Cível da Capital teria tomado uma decisão favorável à massa falida, pedindo a reintegração de posse do terreno.A prefeitura também teria participado ativamente da luta judicial em favor de uma ação demolitória. Em 2005, o prefeito Eduardo Cury (PSDB), também conseguiu na Justiça uma liminar para cortar o fornecimento de água e energia elétrica da população do Pinheirinho, que só foi derrubada na última hora. 
                           
                      REINTEGRAÇÃO DE POSSE

Em janeiro de 2012, por processo movido pela massa falida da Selecta SA, a justiça estadual de São Paulo, por determinação da juíza Márcia Loureiro (6ª Vara Cível de São José), determinou que a região deveria ser desocupada e ordenou uma reintegração de posse. As ameaças de desocupação vinham desde 2011.No dia 14 de janeiro de 2012, os moradores do Pinheirinho declararam que resistiriam à desocupação e criaram uma força de resistência equipada com restos de tambores, coletes de compensado e caneleiras de tubos de PVC. 

CONFLITO 

A Polícia Militar chegou ao local na madrugada do dia 22 de janeiro de 2012 e iniciou a operação de reintegração de posse às 6 horas da manhã. Por volta das 7h, alguns moradores, que até então não haviam reagido, começaram a resistir. Segundo moradores e jornalistas, a PM utilizou bombas de gás e balas de borracha indiscriminadamente mesmo quando não havia resistência.No dia 22 de janeiro, dois mil policiais militares contando com auxílio da guarda civil, além de dois helicópteros Águia, carros blindados, bombas de gás, balas de borracha e spray de pimenta, realizaram a reintegração de posse. Também foram enviados mais de 220 viaturas, 40 cães e cem cavalos para o local. 30 pessoas foram detidas, 16 ou 17 no começo da ação e 14 na madrugada do dia 22. (No início da operação, as fontes relatavam 11 presos), um rapaz foi baleado e gravemente ferido, e outros moradores foram encaminhados para o hospital.Às 17h30, moradores do bairro vizinho ao Pinheirinho jogaram pedras nos policiais e quebraram o alambrado que cerca o Centro Poliesportivo do Campo dos Alemães. Em represália, foram atingidos com bombas de gás e balas de borracha. A Guarda Civil Municipal chegou a dar tiros para o alto e disparou balas de borracha contra a multidão. 

                                          
                                ABUSOS E CONSEQUÊNCIAS

Dezenas de pessoas ficaram feridas durante a desocupação (1 morador, ficou gravemente ferido após ser atingido com bala de fogo), cerca de 30 pessoas foram detidas, 15 veículos foram incendiados e um PM foi afastado após ser flagrado espancando um morador. Cinco pessoas foram declaradas desaparecidas pelos moradores no dia 26, mas quatro foram localizadas no dia 27.Um morador (o aposentado Ivo Santos) continuou desaparecido por semanas após a reintegração. No dia 5 de fevereiro, ele foi encontrado na UTI do Hospital Municipal de São José dos Campos. O morador teria sido espancado por três policiais militares antes de dar entrada na UTI por volta das 18h30 do dia 22. Um morador entrou em estado de choque. Uma família de moradores desalojados denunciou que sofreu abuso sexual e violência física por parte dos policiais da Rota durante a desocupação. Casas de moradores foram demolidas antes da retirada dos bens. Um rapaz ficou gravemente ferido após ser baleado e passa por cirurgia. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana acusam-se mutuamente, e não assumem responsabilidade no caso. Foram veiculadas notícias de que moradores teriam morrido, mas nenhuma foi confirmada. Imagens divulgadas na internet mostram pelo menos dois policiais apontando armas de fogo contra civis.

" VAI TODO MUNDO PRA UM ABRIGO E DEPOIS A GENTE VAI PRA ONDE?"


                                       Conclusão



Foi um acontecimento que abalou os telespectadores nacionais e internacionais, de um desalojamento que ocorreu no Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no dia 22 de Janeiro, com muita violência e desrespeito, machucando vários moradores, por causa de um falso acordo da prefeitura. Um processo foi movido pelos donos da área fizeram esse fato ocorrer.


Alunos: Mariana Nogueira. Felipe Nonato. Maiara Medrado. Pamela Ferreira e Beatriz Segantin. 1ºH

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